quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

E aí, como foi sua primeira vez?

Caro amigo motociclista,

Em meio a essa polêmica sobre a campanha publicitária de uma marca de cerveja, perguntando a todo mundo sobre a tal "primeira vez" (meio apelativa, vá lá, mas até engraçada em alguns momentos), resolvi aproveitar a onda e perguntar: e aí, como foi sua primeira vez?

Claro que estamos falando da primeira vez de moto. Ao contrário da "outra", essa primeira vez todo mundo gosta de compartilhar. Não conheci até hoje nenhum motociclista que não lembrasse exatamente qual foi a primeira moto na qual andou, com quantos anos, porque ele acabou andando e por aí vai. Na verdade, acho que é uma espécie de ritual de iniciação, uma contaminação inicial pelo vírus das duas rodas.

Todos têm uma boa história pra contar, seja pela emoção, seja pelo fato de ter sido engraçada ou algum erro que cometeu. Deixar a moto morrer por não soltar a embreagem no tempo certo ou mesmo um tombo leve tentando domar a fera fazem parte das primeiras tentativas. Até que vem o dia em que tudo dá certo e o vínculo está criado de vez.

Bom, para quebrar o gelo, a minha primeira vez foi com uma Caloi Mobylette, em 1987. Eu morava no interior do RS, em Santo Ângelo, e fazia um frio danado pela manhã. Meu pai tinha que levantar todo o dia para me levar, pois não havia ônibus ou van e a escola era bem longe (para os padrões de uma cidade pequena...). Talvez por pura preguiça ou comodidade (desculpa a sinceridade, pai!), ele resolveu me dar de presente de 15 anos a tal Mobylette. E colocou de vez o tal vírus na minha vida.

Aquilo foi um sonho. Eu ás vezes lia as revistas Duas Rodas ou Motoshow, já curtia alguns modelos de moto. Época de CG´s, DT´s e XL´s da vida, pouquíssimas opções no mercado. O melhor de tudo para mim era ler as reportagens da revista Motoshow sobre o Paris-Dakar. Que fotos fantásticas. Ah, porque eu não guardei aquelas revistas, seriam uma fonte inesgotável de lembranças agora.

Voltando ao tema, aquela Mobylette foi comprada em uma loja que vendia eletrodomésticos também (!!). Mas era muito valente e foi minha companheira por quase três anos. Eu e mais dois amigos que também tinham ciclomotores na época (acho que eram ciclomotores da Monark) formamos uma espécie de gangue que saía pela cidade "tirando onda" e até viagens curtas a cidades próximas nós fizemos. Acredite se quiser, a 60 km/h, no talo. Isso quando não fazíamos motocross com as coitadas, em uma pista de bicicross da cidade. Pode-se falar tudo daquelas motocas, menos de sua valentia! E de brinde a gente ganhava aquele maravilhoso cheirinho de óleo 2T, o dia inteiro impregnado na roupa.

Fui me desfazer da motoca quando já morava em Brasília, e o seu limite de velocidade (e o meu tamanho) a tornavam impraticável e totalmente insegura. Aliás, foi lá que tomei meu primeiro grande tombo, em um dia de chuva, passando pelo Parque da Cidade. Uma freada mais forte na traseira, pneu travado e chão. Saí deslizando e parei a 1 metro do paralama de um Santana, o coração batendo muito forte. Saldo final foi uma dor na perna e na bunda que durou uma semana. Isso sem poder contar nada para minha mãe, sob risco de venda imediata da Mobylette. Ah, outro detalhe: nessa época, capacete pra que mesmo? Coitado do anjo da guarda...

Bom, são muito boas lembranças com a Mobylette. Claro que mantive alguns casos paralelos, andei em CGs e em uma fantástica ML 125, "alugada" de um conhecido. Mas isso é tema para outro dia.

E você, como foi sua primeira vez?

Fonte: Google


Um abraço e boas estradas!




5 comentários:

  1. Só tu mesmo para me fazer rir com histórias de Mobiletche! E tem aquela minha que te contei: aceleradas a mil do portão externo até uma porta interna de garagem e blá! Pois é, a minha primeira vez nem foi tão bem sucedida como a tua, mas nem por isso eu deixei de me apaixonar por um motopapi! bjks!

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  2. A minha história é bem mais simples.
    Meu pai teve moto desde jovem. Desde bebê adora as motos dele. Meus pais me contam que minha mamadeira do final do dia só era aceita se eu estivesse devidamente sentado no banco da Honda CB750 four do meu pai. Linda. Minha paixão e sonho de consumo até hoje.
    Aos 13 anos pilotei pela primeira vez uma moto. Meu pai tinha uma CB450DX e DE tanto eu encher o saco dele ele me deixou dirigir.
    Eu nunca tinha pilotado uma moto antes na vida.
    Então, nesse dia, eu simplesmente subi na moto, liguei. Meu pai subiu na garupa e sai pilotando.
    Meu pai não acreditava no que ele estava vendo. Ele me pressionou a contar quem era o amigo que estava me ensinando a dirigir moto escondido. Rsrsrsrs.
    Mas não tinha nada disso. Acho que no fundo eu já era um predestinado. Rsrsrs.
    Agora moto minha mesmo, só fui ter uma aos 21. Uma XL250R. Fruto de muita economia e renúncia de farra com amigos. Estranhamente meu pai, ainda tendo moto, não queria que eu tivesse moto de jeito nenhum. Disse que se eu quisesse, teria que comprar com o meu dinheiro. E foi o que fiz.
    E lá se vão 19 anos ininterruptos em cima de 2 rodas todo santo dia.
    Essa paixão não acaba!

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  3. Pessoal estamos com novo site e ótimas ofertas para todos os tipos de gostos.
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  4. Minha primeira vez com uma moto, foi quando eu completei 18 anos, e meu pai emprestou a Suzuki dele (não lembro agora o modelo) para que eu fossa até o centro da cidade comprar algumas coisas para ele, foi bem simples, eu já tinha uma boa noção, pois andava bastante com ele na moto, mas essa foi a primeira vez que pilotei sozinho!

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